1. Espere elas fazerem 18 anos
Brincadeira. Não precisa esperar tanto. Quinze já está bom. Esta questão é antiga e incita debates exaltados: levar ou não levar crianças para as férias? Os defensores mais apaixonados da presença infantil dizem que férias com os pequenos são importantes para reforçar os laços familiares e mostrar a eles uma perspectiva diferente daquela do cotidiano. Uma perspectiva cheia de aprendizado e afeto. Já os que são contrários à ideia pertencem a uma escola de pensamento que pode ser resumida em: “crianças enchem o saco demais, vixi meu deus do céu”. Melhor deixar com a avó. Nós estamos do lado do primeiro grupo.
2. Escolha um hotel que ofereça “tirolesa” e “arvorismo”, seja lá o que for isso
A boa escolha do hotel pode significar 90% do sucesso da sua viagem com crianças – os outros 10% dependerão de quantas vezes você tiver que limpar o vômito dos pequenos no banco do carro ou na cama do hotel (porque sim, eles vão vomitar em algum momento. Crianças vomitam. É isso que elas fazem da vida.) Pois a maioria dos hotéis que se dizem adaptados para crianças oferecem algo chamado “tirolesa” e uma outra coisa chamada “arvorismo”. O primeiro, aparentemente, envolve música e dança típica da Áustria. O segundo tem algo a ver com um culto místico movido a chás diversos e que venera pés de Jacarandá. Não é bem isso, mas é mais ou menos isso. O importante é que conste esse negócio na resenha do hotel.
3. Deixe a vovó em casa
A gente sabe que você está aí, navegando pelos hotéis do trivago, com cara de quem não quer nada, mas já tendo em mente aquele plano maligno: reservar um quarto também para a vovó. A motivação oficial é nobre: aproveitar as férias para integrar as três gerações (mais precisamente a primeira e a terceira geração enquanto a segunda geração, você, escapa para a praia). Afinal, você só quer proporcionar momentos inesquecíveis entre vovó e netinho que eles lembrarão para sempre. Mas nós sabemos que você só quer exercitar o velho hábito de empurrar as crias para a avó e ter um pouco de paz. Nosso conselho: não faça isso. Pobre da velhinha. Prefira hotéis que oferecem cuidadores e recreação específica para crianças.
4. Não deixe o papel de mãe/pai substituir o de viajante
Esse papo é sério: se você sempre foi apaixonado por viajar ou curtir um hotel diferente, sabe que, quando as crianças chegam em nossas vidas, tudo muda. Desde a hora de planejar as férias até a execução, a gente acaba fazendo quase tudo pensando neles. E, com o tempo, acaba percebendo que aquele viajante aventureiro dentro de nós vai desaparecendo. Não deixe isso acontecer. Reserve alguns momentos da viagem para deixar o seu lado viajante ressurgir. Uma caminhada na montanha sem as crianças, uma parada no bar do hotel para um drink e conversas, uma massagem no spa em silêncio total, tudo isso funciona.
5. Ensine coisas novas para as crianças
Não há melhor maneira de manter as crianças calmas durante a viagem do que engajando elas em alguma atividade em que aprendam algo. E viagens são o momento ideal para aprender. Pense no seu caso: quantas lembranças da infância você não tem justamente dos períodos de férias? Por algum motivo, o nosso cérebro guarda melhor o que fazemos fora da rotina. Este pode ser, por exemplo, um bom momento para conectar as crianças com a natureza e ensinar a importância da ecologia, principalmente se elas viverem na cidade e em apartamentos.