Beatriz Monteiro/UOL
Vista do skyline de Nova Jersey Beatriz Monteiro/UOL

Nova York , destino obrigatório

Nova York nunca precisou de uma “desculpa” para ser visitada. A cidade mais cosmopolita entre todas as cosmopolitas é um destino obrigatório, mesmo que uma vez na vida.
A cidade ocupa o primeiro lugar no ranking como a mais populosa dos Estados Unidos. De acordo com o último dado fornecido pelo serviço nacional de recenseamento, em 2000, era possível ouvir cerca de 170 idiomas falados regularmente na cidade, que é divida por cinco distritos: Manhattan, Bronx, Queens, Brooklyn e Staten Island.
É difícil identificar o cidadão nova-iorquino. Hoje, porto-riquenhos, coreanos, chineses, sul-africanos, brasileiros, paquistaneses estão por trás do que se respira por ali. Portanto, ao comprar o bilhete de avião você já fez um bom negócio. Pagando para conhecer apenas uma cidade, você terá a oportunidade de visitar outras do mundo. Prepare-se para uma metrópole única e tenha certeza que, ao voltar, sua cabeça não será a mesma.
Margeada pelo rio Hudson, Manhattan corresponde à área mais rica de Nova York. É onde estão localizados o centro financeiro, na famosa Wall Street, a sede da ONU (Organização das Nações Unidas) e das principais universidades: Nova York University (NYU) e a Universidade de Columbia. A ilha de Manhattan pode ser dividida em três partes: Uptown (tradução literal para “parte de cima da cidade”) possui no seu coração o Central Park. Ainda um pouco mais acima, a região é conhecida como “Way Uptown” (na tradução literal, “muito mais acima”) é onde estão bairros como o Harlem.
O meio da cidade, Midtown, é a região em que se localiza o Rockefeller Center e bairros como Chelsea, Gramercy e Hell’s Kitchen. E a parte de baixo da cidade, Downtown, onde se localizam, na ponta da ilha, o Financial District, em que já se pode avistar a Estátua da Liberdade; a ponte do Brooklyn e também a área onde estão os idolatrados bairros Tribeca, Chinatown, Lower East Side, West e East Village e Soho.
O interessante em Nova York é que a paisagem nunca é a mesma. Por mais que se passe um tempo nela, você nunca se comporta da mesma forma. Sempre há algo de novo para visitar.
Nova York não recebe apenas um tipo de turista. Os roteiros para conhecer a cidade são infinitos e podem ser feitos até mesmo de forma temática, como conhecer, por exemplo, a cidade a partir de visitas a locações de grandes filmes rodados ali. Assim, como em qualquer lugar, o importante não é o número de dias rodados e, sim, como você os vivencia.

Como chegar

Do Brasil, o mais comum é desembarcar no aeroporto JFK. O percurso até Manhattan pode ser feito de táxi, de ônibus (barato, mas desconfortável caso esteja com mala grande), metrô (bem barato, mas inviável com malas) ou serviço privado de Van.
A viagem de táxi dura mais ou menos uma hora e custa em torno de US$ 50. De ônibus, a viagem não é tão complicada se você estiver com uma mala de tamanho médio e sem muitos casacos para carregar. A viagem sairá por cerca de US$ 15. Os ônibus funcionam a cada trinta minutos das seis da manhã até a meia-noite. Você pode telefonar para o (718) 875-8200 para o programa de horário exato. A primeira parada é no terminal da estação Grand Central e de lá você pode pegar um shuttle que passa por diversos hotéis da cidade. New York Airport Service Express Bus, www.nyairportservice.com
Há também a opção de contratar o serviço de van, que costuma reunir um grupo de pessoas que vão para destinos próximos ao seu. O valor é semelhante ao do táxi. No aeroporto há um guichê onde é possível se informar sobre os horários e empresas que oferecem o transporte. Há inúmeras empresas que prestam esse serviço, como a www.supershuttle.com.
E, se ao pisar na cidade, já quiser se aventurar, pegue o chamado AirTrain, que o levará até o metrô. A viagem custará menos de US$ 10 por pessoa, mas durará em torno de uma hora e meia para chegar ao destino final.


Rodovias
As principais rodovias (highways) de acesso a Nova York passam por Boston e pela Filadélfia.
Trajeto 1: De Boston, ao norte, para Nova York, a viagem tem 342 km. São percorridos cerca de 160 km na 90 West e depois na 84 West, já atravessando Connecticut. A outra metade da viagem é pela 91 South e 95 South. O último trecho se faz pela 278 West, já no Bronx, norte da ilha de Manhattan.
Trajeto 2: Partindo da Filadélfia, ao sul, a viagem de 150 km começa pela 95 North, cruzando New Jersey, e prossegue pela US 1 N. Os trechos finais serão percorridos na US 19 N, em Jersey City, chegando a Nova York, ao sul da ilha de Manhattan, por meio do Holland Tunnel, no rio Hudson.
Aeroportos
JFK International Airport
JFK International Airport, Jamaica, NY
Tel: 1 (718) 244-4444
www.panynj.gov/airports/jfk.html
La Guardia Airport
La Guardia Airport, Flushing, NY
Tel: 1 (718) 533-3400
www.panynj.gov/airports/laguardia.html
Newark Liberty
Newark Airport, Newark, NJ
Tel: 1 (973) 961-6000
www.panynj.gov/airports/newark-liberty.html
Rodoviária
Port Authority Bus Terminal
625 8th Ave., Midtown West/41Street & 8th Ave
Tel: 1 (212) 564-8484
www.panynj.gov
Estações de trem
Grand Central Terminal
Park Ave. and East 42nd Street, Midtown East
Tel: 1 (212) 340-2210
www.grandcentralterminal.com
Penn Station
234 W. 31st Street-Pennsylvania Station
8th Avenue e W. 31st/33rd Streets (NY)
Tel: 1 (212) 630-6401 (Amtrack) 800-872-7245
www.amtrak.com

Qual a melhor época para ir?

Há atividades durante o ano inteiro na cidade, por isso não há uma melhor época nesse sentido. As estações são bem definidas. Por conta disso, lembre-se que que o inverno nova-iorquino pode ser incômodo para quem não está acostumado. A neve é praticamente certa em dezembro e janeiro. Já o verão pode ter picos acima dos 30ºC, além de ser úmido, o que aumenta a sensação térmica.

Informações úteis

Idioma: Embora o inglês seja a língua nativa, não se espante ao encontrar pessoas falando as mais diversas línguas. A maioria dos restaurantes é possível se virar em espanhol. Em bairros específicos, como no Little Italy, o italiano funciona normalmente.
Fuso horário: O relógio brasileiro está uma hora adiantado em relação a Nova York. Durante o nosso horário de verão, a diferença sobe para duas horas.
DDI: Para discagem internacional, faça o seguinte:
Prefixo internacional (00) + operadora + 1 (código dos Estados Unidos) + 212 (código da cidade de Nova York) + o número do telefone desejado.
Códigos de acesso da cidade: 212 é o código de Manhattan. Outros códigos da cidade são:
718 – Brooklyn, Queens e Staten Island
347 – Inwood
Telefone: Para ligar de Nova York para o Brasil deve-se discar 011 55 antes do DDD da cidade e do número de telefone. Para telefonar para outras cidades dos Estados Unidos é preciso discar 1 antes do código de área da cidade e do número do local.
Telefone local de emergência: 911 (para emergências médicas, incêndio e polícia)
Informações turísticas: Todas as informações turísticas, incluindo guias de alimentação, teatros e eventos culturais, podem ser obtidos pelo site www.nycgo.com.
Moeda: Dólar americano.
Câmbio: Para trocar travelers cheques em Los Angeles, procure as agências American Express, que não cobram para trocar os cheques da própria marca. As agências centrais de grandes bancos também fazem o câmbio, mas cobram comissão de 0,50% a 2,5% sobre o valor trocado, ou taxa de US$ 10 a US$ 30, por transação. O horário de funcionamento dos bancos é flexível, mas a maioria funciona de segunda a sexta, das 9h às 17h, e aos sábados, das 9h às 14h. Quem tem cartão de débito internacional pode usar os caixas eletrônicos ATM para retirar dólares. Há um limite diário que varia de US$ 200 a US$ 300, sem cobrança de IOF.
Gorjetas: As gorjetas nos EUA não são incluídas na conta, mas é praxe pagar entre 15% e 20% sobre o valor total gasto em restaurantes, bares, corridas de táxi e salões de beleza. Normalmente, os clientes dão 16%, o dobro do valor do imposto cobrado pelo Estado da Califórnia, que é de 8,5% e que vem incluído nas notas fiscais de qualquer produto ou serviço. Em bares, inclua um dólar por drinque. O carregador de mala do hotel recebe um dólar por volume.
Correios: Os post offices (agências dos Correios) estão espalhados por toda a cidade e funcionam de segunda a sexta, normalmente, das 8h às 16h. Algumas agências abrem aos sábados, das 10h às 17h.
Internet: O acesso à internet pode ser obtido em quase todos os hotéis, bares e cafés. Muitos oferecem acesso gratuito e conexão rápida e sem fio. Normalmente, há avisos de “Wireless Hotspot” ou “Free Internet”.

Segurança: Nova York tem uma das menores taxas de violência do mundo e a menor entre as 25 maiores cidades dos EUA. Andar a pé em Manhattan é extremamente tranquilo. De suas áreas, o Bronx apresenta o maior grau de violência.
Voltagem e tomadas: A voltagem mais comum é de 110 volts, mas há hotéis e residências que usam também a de 220 volts. As tomadas têm dois pinos planos, um mais largo e outro mais estreito. Recomenda-se levar um adaptador caso esteja com algum eletrônico brasileiro na viagem, como laptop, ferro de passar roupa ou secador de cabelo.
Pesos e medidas: Nos EUA, em vez de graus centígrados, mede-se a temperatura em Fahrenheit. Em lugar de quilo, usa-se libra para peso. E, em vez de quilômetros, calcula-se distância em milha. Litros devem ser convertidos em galões. Veja a equivalência.
1 milha = 1,61 km
1 lb. = 453,59 g
1 galão = 3,787 litros
32F = 0ºC
Visto: Para solicitar um visto de turista para os EUA, é preciso acessar o site https://ceac.state.gov/genniv/default.aspx, preencher o formulário DS-160 e pagar uma taxa única de US$ 160 (valor não reembolsável em caso de negativa do visto). O pagamento pode ser feito diretamente pelo site do agendamento, em dinheiro nas agências do Citibank ou por boleto bancário.
Agora há dois processos a seguir. O primeiro é agendar a coleta de dados biométricos (foto e impressão de digitais) em um CASV (Centro de Atendimento ao Solicitante de Visto). Leve o passaporte e a confirmação do formulário DS-160. Pessoas com mais de 66 anos ou menos de 15 não precisam coletar as digitais, apenas entregar uma fotografia 5×7 e a página de confirmação do DS-160.
O segundo passo é marcar a entrevista na Embaixada, no Distrito Federal, ou nos consulados do Rio de Janeiro, São Paulo e Recife. Recomenda-se agendar a entrevista com pelo menos dois meses de antecedência.
Controle de imigração: Conseguir visto de turista não garante a entrada nos EUA. Os oficiais de imigração podem mandar o visitante de volta para casa caso tenham motivos para acreditar que se trata de um terrorista ou de alguém que tem intenção de morar ou trabalhar ilegalmente no país. O antigo formulário I-94 (aquele papelzinho branco que era entregue durante o voo) foi extinto.