“Bonito ficou lindo com a sua chegada”. É dessa maneira calorosa que a cidade, localizada a sudoeste do estado do Mato Grosso do Sul, recebe seus visitantes. Polo mundial de turismo, entre suas belezas se destacam as lagoas de águas azuis, os rios de águas transparentes, a riqueza da fauna e da flora, as cavernas, as grutas e as cachoeiras.
Planejamos 3 dias imperdíveis para passar em Bonito, uma das cidades com maior número de atrativos naturais do Brasil e ecossistema bastante preservado. Os destinos incluem muita natureza, trilhas e praias fascinantes, além de toda infraestrutura que a região oferece.
No primeiro dia, você vai desfrutar de um passeio pelo Rio da Prata, por onde se chega por meio de uma trilha no meio da mata, passando por uma reserva natural com fauna e flora ricas onde é possível avistar diferentes tipos de vegetação e, quem sabe, encontrar uma diversidade de espécies de animais nativos. O rio reserva uma piscina de água cristalina ao longo do qual é possível realizar mergulho e flutuação, ser carregado pelas correntes das águas e ter contato com todo um universo subaquático, com peixes, cardumes, plantas aquáticas e até cobras.
Outra atração é o Buraco das Araras, uma caminhada ao redor de uma formação geológica incrível, cavidade que se formou por meio do desmoronamento de blocos rochosos que pode ser observada através de mirantes. No fundo do buraco de 100 m de profundidade há uma lagoa de água esverdeada rodeada por mata e que abriga jacarés, mais de 150 espécies de aves, entre elas araras-vermelhas e tucanos, e diversos mamíferos. O local só foi descoberto em 1912 por um grupo de homens que trabalhavam nos arredores, foi cenário de várias histórias de morte da região, chegando a ser conhecido como “cemitério ao ar livre”, e local de depredação e abandono.
Rio da Prata. Foto: Luciana Perez
Buraco das Araras. Foto: Cristian Malevic
No segundo dia, um dos passeios é pelo cartão-postal de Bonito: a Gruta do Lago Azul. Ela é assim conhecida porque a água do lago é tão transparente que chega a ser azul. Não é possível entrar no lago, pois sua preservação está relacionada à existência de fósseis e à habitação de um crustáceo pré-histórico, mas a chegada até gruta conta com uma paisagem exuberante e a descida de uma escadaria íngreme com 300 degraus.
A segunda aventura do dia é no complexo Boca da Onça, um mix de ecossistemas que conta com trilha de cerca de 5 km que dá acesso a cachoeiras de tirar o fôlego. A caminhada é feita em meio à mata preservada, com piscinas naturais e quedas d’água ao longo do trajeto até a Queda da Boca da Onça, cachoeira mais alta do Mato Grosso do Sul.
As atrações ficam dentro de uma fazenda na cidade de Bodoquena. Há um transfer que sai de Bonito, mas é possível contatar uma empresa de turismo.
Gruta Azul. Foto: Jorge Pena
Complexo Boca da Onça. Foto: Tristan Blakers
O terceiro e último dia reserva a Lagoa Misteriosa, na cidade de Jardim, a 1 hora de Bonito. É mais um lugar isolado em meio à natureza, com águas cristalinas de diferentes tons de azul e com profundidade desconhecida. Lá é possível fazer trilha, flutuação e mergulho com cilindro. O local ficou fechado por 6 anos em decorrência da falta de diretrizes ecológicas para preservação local, mas desde 2011 está em operação.
Para finalizar, o Rio Sucuri, localizado em uma fazenda, recebe esse nome pelo seu formato quando avistado de cima e por abrigar algumas sucuris. O local também tem fauna impressionantemente vasta e é rico em diversidade de peixes. As águas transparentes, consideradas por diversas vezes as mais claras do mundo, favorecem a prática de flutuação e mergulho, e a descida pode ser feita de barco.
Lagoa Misteriosa. Foto: Pedro Coser
Rio Sucuri. Foto: Rodrigo Holanda
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